No sexto andar do histórico Edifício Martinelli, no centro de São Paulo, 2 funcionários de meia-idade cuidam das prateleiras empoeiradas e abarrotadas de papéis do arquivo da SPUrbanismo —a corporação pública de promoção de ações de planejamento e desenvolvimento urbano. No cubículo jazem calhamaços de imagens, plantas e textos descrevendo a cidade que poderia ter sido —projetos de arquitetura e urbanismo encomendados, aprovados e até pagos por sucessivas administrações municipais, mas que nunca saíram do papel.
Os planos arquivados na repartição datam desde o decênio de 1970, no momento em que foi construída a Emurb (antiga empresa de urbanismo que foi substituída na SPUrbanismo). Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura da Escola Mackenzie. Mesmo que tratasse de incalculáveis estilos urbanos, era focado na construção de avenidas monumentais, um conjuntos de radiais e perimetrais que tornou a cidade mais dispersa e o tráfego mais dependente do carro. Entre os projetos arquivados há encomendas de aproximadamente todos os prefeitos —de Jânio Quadros a Gilberto Kassab, de Luiza Erundina a Fernando Haddad.
O arquivo bem como abriga o plano de construir um bairro novo pela região da Água visite meu web site , pedido na prefeitura na gestão de Marta Suplicy (2001-2004) e desenhado por arquitetos como Guilherme Wisnik, da Faculdade de Arquitetura da USP. A ideia era ter outras estações pela linha de trem existente, equipamentos e espaços públicos, unidades de habitação social e uma "praça de água" com fontes e tanques que aproveitariam o afloramento do lençol freático.
Para a professora Nadia Somekh, que foi presidente da Emurb e do Conpresp (órgão de patrimônio municipal), a dificuldade é que obras de longo tempo muitas vezes acabam sendo descontinuadas pelos governos seguintes. E a ausência de perpetuidade não é somente repercussão da tradicional alternância de governos de partidos rivais, segundo Caldana. leia sobre , muitos desses projetos de imediato estariam prontos se sua implantação tivesse começado pela época do teu planejamento.
Com apoio nas especificações e nas fontes de imagens contidas nos documentos, a BBC Brasil fez uma expectativa artística como partes da cidade poderiam ser hoje se os projetos tivessem saído do papel. No ambiente do viaduto de concreto que rasga a cidade no meio, São Paulo poderia ter um alongado parque arborizado, com galerias de arte e lojas nas laterais. O projeto de requalificação pertence ao escritórios Frentes, que foi o vencedor do concurso promovido na gestão de José Serra em 2006 pra buscar ideias pro viaduto. A entrada seria feita por edifícios de acesso, que poderiam abrigar também cinemas, teatros, restaurantes, bibliotecas e shoppings. fonte site saiu do papel.
O Plano Diretor aprovado em 2014, ao longo da gestão de Fernando Haddad (2012-2016), tornou obrigatório que o grande seja demolido ou transformado em parque suspenso. Um dos projetos mais ambiciosos para a metrópole é de construção de um hidroanel que aproveitasse todo o visualizar cidade pra transporte de cargas e passageiros, para emprego turístico e de lazer.
O hidroanel compreenderia uma rede de hidrovias navegáveis de 170 km. Nosso Site pelos rios Tietê e Pinheiros e pelas represas Billings e Taiaçupeba, e também um canal artificial ligando as duas. Haveriam portos no decorrer das margens e o transporte feito pelos rios aliviaria muito o trânsito de veículos pela cidade, possibilitando a requalificação das várzeas, que, ao invés avenidas marginais, teriam áreas mais arborizadas e apenas vias locais.
As Olha Esse do rios seriam o espaço público principal da metrópole, o que consolidaria "um território com propriedade ambiental urbana nas orlas fluviais, que comporte infraestrutura, materiais públicos e habitação social", de acordo com o texto do respectivo projeto. 3. simplesmente veja isto pedestres pela av. Turistas e paulistas que caminham na av. Paulista —a rodovia mais simbólica de São Paulo— sabem que as calçadas de 10 metros de largura frequentemente não dão conta do curso de pedestres, com novas esquinas ficando intransitáveis.
leia + frequentadores no domingo, no momento em que a avenida é fechada para veículos, apresenta o potencial ainda superior que ela tem pra receber pessoas. Uma obra começada pela prefeitura nos anos 1970 intencionava precisamente isso: a rodovia seria fechada para veículos, transformada em um vasto calçadão, e um túnel elaborado embaixo da rua daria passagem aos carros motorizados.
0 
Star